Bem-Vindos ao "BLOG DA SABEDORIA TRIUNFANTE. Aqui iremos postar artigos, reflexões, matérias relacionadas às Lojas de Estudos, livros maçônicos, assuntos diversos e trabalhos. Fiquem à vontade e bons estudos!

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domingo, 27 de novembro de 2011

Loja Simbólica Hoje no Brasil

Loja Simbólica Hoje no Brasil – desafios e entraves
(síntese do III Cíclo de Estudos)


   Durante muito tempo e até, pelo menos, as cinco primeiras décadas do século passado as Lojas Simbólicas no Brasil serviram como espaço de aglutinação de homens voltados para a discussão de problemas relativos ao desenvolvimento da sociedade onde conviviam. Em geral, as Lojas abrigavam em seu seio pessoas proeminentes da sociedade, que além do convívio salutar e fraternal, criavam uma enorme rede de contatos e facilitavam a troca de ideias e a absorção de novos conhecimentos.
   As Lojas, através das suas Sessões semanais, na maioria das vezes, serviam como oportunidade de manter seus membros atualizados sobre o que estava acontecendo na comunidade, no país e no mundo. Temas de interesse histórico, político e filosófico sempre tiveram o maior enfoque nas Sessões Maçônicas.
   O Maçom tinha então oportunidade de melhoria de sua profissão, da sua cultura em geral, do seu status, ganhando maior espaço e inserção na sociedade em que vivia.
   No entanto, chegamos ao terceiro milênio com uma profusão estrondosa de tecnologia, velocidade e globalização da informação. Estamos vivendo uma época de grandes atrativos, pressa e utilitarismo. Um mundo cheio de atrações, como o cinema, a televisão, a internet, teatro, shows musicais, esportes e tantos outros. A velocidade como tudo se processa, faz com que todos hoje tenham pressa para tudo. Vivemos como se não houvesse mais tempo a perder. Segundo o filósofo Mario Sergio Cortella “uma norma principal ganha corpo: é bom tudo o que for útil, é adequado tudo o que for lucrativo, é moralmente confortável tudo o que for vantajoso”. Podemos afirmar que essa norma não impera em nosso meio?
   O grande desafio que temos hoje, particularmente em nosso País, dentre outros, é o de fazer com que nossas Lojas Simbólicas voltem a ser verdadeiras escolas de conhecimento e formação, com Sessões atrativas, discutindo temas de interesse nacionais e internacionais, despertando em seus membros o interesse na participação intra muros e extra muros e diminuindo o percentual de evasão maçônica.
   Por outro lado, a maioria das Lojas tem sido administrada, até aqui, de uma maneira geral, de forma empírica, sem o mínimo senso de administração, sem observância de critérios técnicos e com ênfase no improviso. Não se vê propriamente a aplicação de um planejamento administrativo. Urge, portanto, adequar a nossa estrutura organizacional às modernas técnicas e recursos de administração, inclusive, com a utilização de mais recursos tecnológicos e enfoque em conhecimentos de liderança.
   A falta de estudos é o que mais prejudica as Lojas, impede seu crescimento qualitativo e muito contribui para a evasão maçônica. Estas perdem muito tempo com assuntos administrativos, quando esses assuntos deveriam passar antes pela respectiva Comissão, sendo devidamente enxugados. Esta é uma forma para que possa sobrar mais tempo destinado aos estudos em Loja.
   No entanto, o que leva à evasão maçônica não é apenas a falta de estudos, mas também uma seleção precipitada e corrida com vistas à iniciação de candidatos. Há que se aprimorar a indicação, seleção e admissão de candidatos à Ordem.
   É prejudicial às Lojas, também, a ênfase dada pela maioria das administrações às pompas e circunstâncias inerentes às Sessões Magnas, em detrimento das atividades imprescindíveis à formação e aperfeiçoamento dos Irmãos.
   Por último, é importante que seja desenvolvido um sistema de capacitação dos cargos em Loja, especialmente os que compõem a administração, evitando-se que estes sejam assumidos por Irmãos, quando muito, providos apenas de conhecimentos empíricos.

Contribuíram para esta síntese os seguintes Irmãos:
Antonio Ruy Vilella, Carlos Alberto da Silva Ribas, Evandro Barros, Francisco de Paula, Heládio, Newton de Alcantara Filho, Newton Gomes de Oliveira, Plancácio Lira Diniz, Roberto Ribeiro, Robson Rodrigues da Silva, Sérgio Wendel e Vinícius Esposel.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

I NOITE CIGANA

 Sucesso absoluto a  Noite Cigana - 1º Encontro de Confraternização, promovido pelas Lojas: de Estudos e Pesquisas Sabedoria Triunfante, Francisco Murilo Pinto e Irmãos Unidos. Nem a chuva foi suficiente para impedir uma verdadeira festa, de qualidade, confraternização e cultura. Foi uma excelente oportunidade para conhecermos um pouco mais a vida e a cultura do povo cigano, povo tão perseguido quanto discriminado. Ao final da festa, todos dançavam, embalados pela magia do Grupo Luna Gitana. Parabéns a todos, organizadores e participantes!

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Seriam nossos desafios?








          SERIAM NOSSOS DESAFIOS?


                                     Irm. Newton de Alcantara Filho
                          Co-proprietário da A.R.L.S. Jesus Christo nº 1718

O Irm. Newton de Alcantara Filho oferece como contribuição para os debates acerca do tema "Loja Simbólica Hoje-- desafios e entraves", do dia 08/09/2011, os textos abaixo:






          1º Texto: Seriam nossos desafios?

• Aproximar a nossa realidade da imagem perante a opinião pública;
• Adequar a nossa estrutura organizacional, nos poderes e nas Lojas, segundo as mais modernas técnicas e recursos de administração;
• Aprimorar a indicação, seleção e admissão de candidatos à Ordem;
• Estabelecer um sistema de comunicação dentro da organização, que seja atual e eficiente;
• Alcançar um expressivo percentual de Irmãos com educação e cultura maçônicas;
• Conseguir baixar o percentual médio de idade dos obreiros, mediante ingresso dos jovens;
• Transferir a cultura atual de cobranças e ideias de caráter macro, para planejamento e realização a nível de Loja Simbólica;
• Racionalizar e reduzir custos;
• Atuar menos nos planos da Teoria, Filosofia e Retórica, trabalhando mais com a realidade, prevenção e resultados;
• Desenvolver a níveis Estadual, Regional e de Lojas, um melhor sistema de capacitação para os Irmãos em geral, com enfoque para a preparação para assumirem cargos;
• Fortalecimento das Lojas Jurisdicionadas;
• Capacitar as Lojas a usarem a sua autonomia, assumindo as responsabilidades sobre os resultados dos seus trabalhos;
• Conseguir adequar, desenvolver (qualidade, quantidade, patrimônio, dinâmica, atualização, etc...), as Lojas Jurisdicionadas e os Altos Corpos;
• Baixar o percentual de evasão maçônica;
• Fundar Loja dentro de critérios racionais e estratégicos, responsabilizando os fundadores.

A Maçonaria Brasileira e o grande desafio da modernização

                             2º Texto:
 A Maçonaria Brasileira e o grande desafio da modernização 
                               Irm. Newton de Alcantara Filho
                 Co-proprietário da Loja Jesus Christo Nº 1718


    
   Afirmar que a Maçonaria está caminhando para a sua extinção seria uma total demonstração de falta de conhecimento da sua história e, além disso, uma demonstração cabal de ignorância sobre a sua grande capacidade de sobrepujar todas as formas de agressões, reações e desgastes de quaisquer natureza. Porém, afirmar que a Maçonaria Brasileira carece de modernização, salvo melhor juízo, no nosso entendimento parece incontestável.

      Após vinte e oito anos nas lides maçônicas, mediante trabalhos e pesquisas, percebemos que os avanços foram pouco significativos. Hoje estamos pagando pela falta de uma política de planejamento no passado, pois as Lojas Simbólicas e as suas respectivas potências foram administradas, de uma maneira geral, de forma empírica, por achismo e com predominância da valorização de uma conduta focada na política interna em detrimento dos critérios técnicos, valorizando-se mais as pompas e circunstâncias inerentes às Sessões Magnas do que as atividades nas Lojas Simbólicas, que são imprescindíveis na formação e aperfeiçoamento dos Irmãos.
   Muitas Lojas foram fundadas nos últimos vinte anos sem que houvesse anteriormente um estudo prévio para levantamento das viabilidades, predominando os interesses e desejos pessoais de determinados Irmãos, com a aquiescência dos diversos poderes maçônicos.
   O Plano Estratégico elaborado no Poder Executivo do Grande Oriente do Estado do Rio de Janeiro, em 1999, de nossa autoria, além de se apresentar como um diagnóstico, apresentando as nossas dificuldades e possibilidades, tanto nos cenários interno e externo da Maçonaria no nosso estado, apresentava propostas para melhorias e modernizações nas nossas Lojas e Potência.
   Nas organizações eminentemente democráticas, como as que compõem o universo do simbolismo maçônico, se tivermos lideranças institucionais sem interesses que não sejam pessoais, políticos e financeiros, torna-se uma possibilidade muito remota a orientação, implementação e manutenção de uma cultura voltada somente para o interesse da coletividade e, consequentemente com resultados concretos para a prosperidade, modernização e fortalecimento das Lojas, com crescimento mensurável e não com crescimento fictício, escritural e não qualitativo.
   Pesquisem nas secretarias de suas lojas e verifiquem qual foi o crescimento real que as suas lojas tiveram nos últimos dez anos. Conversem com outros Irmãos de lojas co-irmãs e verifiquem se as suas lojas estão muito diferentes da sua. Não se acomodem, não aceitem viver do passado ou de retóricas repetitivas em sessões ordinárias ou magnas.
   Eu já fui muitas vezes rotulado de perfeccionista e idealista. Certamente se você buscar trabalhar para ter uma loja ideal, conforme está previsto na legislação maçônica, você também sofrerá perseguições e resistências. E daí! Deixo para o Irmão a seguinte pergunta: Será que nós não merecemos uma Maçonaria muito melhor?

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

TEMA PARA OS ESTUDOS:

Sessão da LOJA SABEDORIA TRIUNFANTE: 08 de SETEMBRO DE 2011.


             Texto para leitura e reflexão:
     LOJA SIMBÓLICA HOJE -- desafios e entraves
                                    Irm. Robson Rodrigues da Silva
Durante muito tempo e até, pelo menos, as cinco primeiras décadas do século passado as Lojas Simbólicas no Brasil serviram como um espaço de aglutinação de homens voltados para a discussão de problemas relativos ao desenvolvimento da sociedade onde conviviam. Em geral, as Lojas abrigavam em seu seio pessoas proeminentes da sociedade, que além do convívio salutar e fraternal, criavam uma enorme rede de contatos e facilitavam a troca de idéias e a absorção de novos conhecimentos. Além disso, funcionavam – como ainda hoje funcionam -- como uma verdadeira Escola de Líderes, cujo foco principal era, e é, tornar feliz a humanidade através do aperfeiçoamento humano.

As Lojas, através das suas Sessões semanais, na mairoa das vezes, serviam como oportunidade de manter seus membros atualizados sobre o que estava acontecendo na comunidade, no país e no mundo. Temas de interesse histórico, político e filosófico sempre foram o maior enfoque nas Sessões Maçônicas.


O Maçom tinha então oportunidade de melhoria de sua profissão, da sua cultura em geral, do seu status, ganhando maior espaço e inserção na sociedade em que vivia. As Lojas, por sua vez, em boa parte, se prestavam às práticas de valorosos serviços comunitários, despertando nos seus membros o anseio por trabalhar e ajudar as pessoas, independentemente do credo, raça ou classe social.


No entanto, chegamos ao terceiro milênio com uma profusão estrondosa de tecnologia, velocidade e globalização da informação. Estamos vivendo uma época de grandes atrativos, pressa e utilitarismo. Um mundo cheio de atrações, como o cinema, a televisão, a internet, teatro, shows musicais, esportes e tantos outros. A velocidade como tudo se processa, faz com que todos hoje tenham pressa para tudo. Vivemos como se não houvesse mais tempo a perder. Segundo o filósofo Mario Sergio Cortella “uma norma principal ganha corpo: é bom tudo o que for útil, é adequado tudo o que for lucrativo, é moralmente confortável tudo o que for vantajoso”. Podemos afirmar que essa norma não impera em nosso meio?


Os desafios que temos hoje, particularmente em nosso País, dentre outros, é o de transformar nossas Lojas Simbólicas em verdadeiras escolas de conhecimento e formação, com Sessões atrativas e que despertem em seus membros o interesse na participação intra muros e extra muros; Lojas que tornem seus membros Obreiros úteis e dedicados; espaço de convivência maçônica fraterna e desinteressada, em que imperem o espírito maçônico e a verdadeira amizade fraternal.


Para tanto, pelo menos, três questões se impõem e merecem a nossa atenção e reflexão:


1ª - Como as Sessões das Lojas podem se tornar mais motivadoras, interessantes, atrativas e evitar a baixa freqüência?


2ª - Que atividades as Lojas devem desenvolver a fim promover uma maior integração e participação dos seus membros?


3ª - O que tem favorecido e como evitar a evasão maçônica?


Solicito que todos leiam, reflitam e dêem a sua contribuição de forma escrita ou oral, em Loja, ou por e-email.

sábado, 13 de agosto de 2011

Papel Social do Maçom

                        PAPEL SOCIAL DO MAÇOM (*)



                          Irm. Eduardo Gomes de Souza (**)


     Em princípio é importante admitir que homens e mulheres se comportem de formas diversas em situações sociais diferentes e assumam papéis distintos, devido às expectativas que a sociedade coloca sobre eles (incluindo estereótipos e preconceitos). Portanto, comportamento humano é guiado por expectativas mantidas tanto pelo indivíduo como por outras pessoas.
     A teoria dos papéis sociais é baseada na noção de que as ações, comportamentos, atitudes e desejos são conformados por um conjunto de funções específicas, socialmente determinadas. Assim a teoria do papel social admite que a sociedade constrói um conjunto de normas socialmente aceitáveis, cria expectativas de que as pessoas internalizam esses valores e acatando-os se tornam socializados. Por consenso tácito, certos comportamentos são considerados adequados e outros inadequados. As pessoas podem então escolher entre aceitar essas normas ou agir contra elas.
     Alguns papeis são específicos para determinadas situações e só podem ser assumidos dentro de um determinado contexto. Por exemplo, o papel da esposa ou do marido só pode existir dentro do contexto de um casamento. Da mesma forma, quando um médico entra em um hospital ele desempenha o papel de um médico. Quando o médico vai para casa, para sua família, ele desempenha o papel de marido ou pai. Assim também o papel de maçom é desempenhado em determinados momentos na vida do individuo.
     Ao longo da vida, desempenhamos uma variedade de funções, os papeis serão determinados pelas expectativas e contextos sociais em que nos encontrarmos. No trabalho, por exemplo, uma pessoa pode desempenhar o papel de chefe ou subordinado. Esta mesma pessoa pode desempenhar o papel de amigo, bebendo com companheiros em um bar, depois ir para casa e agir com a esposa como marido.
     Quando agimos fora do contexto de uma determinada função, estamos desenvolvendo um estereótipo, eles são em grande parte os resultados de expectativas internas ou externas. Um estereótipo é geralmente o resultado de preconceitos desenvolvidos com base em atitudes discriminatórias. Pode-se agir sob o domínio de um estereótipo, mas então não estamos desempenhando um papel social, mas, obviamente, agindo equivocadamente. Geralmente, os papéis são legítimos quando são combinados com as funções. Quando eles são puramente estereótipos, eles existem não como realidades sociais, mas como ficções discriminatórias.
     O maçom na atualidade não pode se apegar em como a Maçonaria contribuiu para a construção e consolidação da Nação, para pautar seu papel social, pois estaria cultivando um estereótipo. Como a Sociedade, ela sofreu processos simultâneos de burocratização e expansão global; a Maçonaria sofreu uma grande transformação. Apesar de sua consistente historia elitista, ela passou a ser uma instituição relativamente aberta, que inclui homens de várias religiões, classes sociais e políticas, e se tornou cada vez mais laica, de classe média, aberta e inerme ao longo do tempo.
A Maçonaria busca admitir qualquer homem livre, independentemente de sua religião, status social, orientação política e raça (desde que acredite na existência de um principio criador), e ensina aos seus membros lições de auto-aperfeiçoamento, espiritualidade e fraternidade.
     O maçom tem que ser um exemplo!
     A começar pelo saber. A busca do conhecimento em maior medida sempre, em uma medida sem precedentes, tem que ser o objetivo do maçom. O conhecimento é valioso para aqueles que estão dispostos a se esforçar para dominá-lo. Esse conhecimento é geral, não pode ser adquirido apenas a partir dos livros ou cursos universitários.
     De comportamento e moralidade. O maçom tem que distinguir-se como homem de valor moral e social superior. A Ordem apresenta-se como guardiã social da virtude e da iluminação; nela os maçons podem se dedicar a um programa específico de auto-aperfeiçoamento moral. Os maçons devem reformar seus costumes e seu comportamento de forma e se tornarem seres civilizados, esclarecidos e morais.


   De fraternidade. Tem que agir sempre com base em sua observação das necessidades dos outros. O maçom é um altruísta, sempre pronto para auxiliar a todos que dele necessitem. Quando as pessoas ouvem a respeito de alguém em necessidade, seu impulso natural é para ajudar. A Maçonaria está apenas dando-lhe a oportunidade para operacionalizar esse impulso.
     Assim o Maçom tem que ter Responsabilidade Social; seu comportamento tem que ser pautado na ética ou na ideologia teorizada pela entidade que representa. Ele, como indivíduo, tem a obrigação de agir em benefício da sociedade em geral. Esta ação pode ser passiva, evitando engajar-se em atos socialmente prejudiciais, ou proativa, através da realização de atividades diretas de promoção dos objetivos sociais.
     Dentro desse contexto, vemos como papel social do maçom atual, o esforço para descobrir e trazer à tona os elementos emergentes e os anseios da comunidade que são subconscientes, para o desenvolvimento integral dessa comunidade, do seu ambiente social. O maçom não é uma parte da comunidade quando, uma vez por semana, vai voluntariamente a uma reunião da Loja e contribui no Tronco de Solidariedade. Ele tem que fazer parte da comunidade todos os dias. Ele tem que estar atento para o que é necessário realizar e pensar como os problemas podem ser resolvidos. Sua ação social, como Maçom e membro da Comunidade, é contribuir para que sejam tomadas decisões e realizadas ações que irão melhorar o bem-estar e a qualidade de vida da comunidade.
     Podemos sintetizar as teorias sociológicas atuais, em três fases essenciais para o processo de desenvolvimento comunitário. A primeira fase consiste na determinação se a comunidade está preparada para passar a um nível mais elevado de desenvolvimento através de suas energias excedentes, há consciência dessas possibilidades, é aspiração da comunidade alcançar essas possibilidades completamente. A segunda fase consiste na determinação se os indivíduos da comunidade têm consciência e expressão dessas aspirações de maneira sólida. Finalmente, na terceira fase a iniciativa do maçom é buscar os indivíduos que são aceitos pela comunidade e organizá-los, buscando a integração da comunidade.
     Em nossa teoria de desenvolvimento social, há um desejo, mesmo que seja subconsciente, da comunidade para a mudança e o progresso. Existe também um maçom que está em sintonia com esse desejo, mesmo que a sociedade ainda não esteja. Ele traz uma proposta para apresentar a comunidade, ela aceita e abraça a ideia. Posta em prática, a comunidade cresce, muda, se desenvolve. Por exemplo, um maçom constrói uma lixeira de metal e instala na calçada em frente a sua casa, mesmo que a comunidade não esteja consciente do potencial da ação para limpeza da superfície da via pública, reconhece que o esforço dele faz com que a limpeza pública seja uma realidade, a sociedade o acompanha e ao abraçar a ideia contribui para o desenvolvimento comunitário. O que inicialmente foi subconsciente para a comunidade, agora se tornou consciente.
     Embora a comunidade possa estar preparada para a sua ascensão a um nível superior de desenvolvimento, ainda precisa de um agente para transformar essa vontade em ação. Esse é o papel social dos maçons. Os maçons têm que ser pessoas dispostas a sair dos padrões, dos moldes existentes, e tentar algo novo. Através das suas ações conscientes, os maçons expressam alguns aspectos das aspirações que estão apenas parciais ou inconscientes para a comunidade.
     O maçom não pode ser um pária, radical ou desajustado na comunidade, mas sim parte das suas aspirações, conhecimentos e valores em um alto grau. O maçom rompe com os modelos e moldes da comunidade, mas fica dentro dela, não fora do ambiente social da comunidade, traçando novos cursos ou revelando novas possibilidades.
     O maçom tem que estar muito à frente de seu tempo, para estar sempre em sintonia com a aspiração da comunidade, e suas ações devem inspirar outros a tomarem as mesmas iniciativas. Assim, as iniciativas do maçom pioneiro se multiplicam por toda a comunidade, desencadeando um movimento de desenvolvimento.
     O indivíduo pode pensar em si mesmo, não influenciando a Comunidade. Essa concepção de vida não permite a grandeza e a genialidade. O maçom subjuga os interesses individuais, investiga e descobre o que a comunidade necessita e anseia, mesmo subconscientemente. E busca levá-la a consecução desses objetivos, tornando-se um verdadeiro líder.

     Pense, você pode viver melhor.

(*) Palestra realizada no dia 11 de agosto de 2011, na A.R.L.S. de Estudos e Pesquisas Maçônicas Sabedoria Triunfante nº 4069.


(**) O Irm. Eduardo Gomes de Souza é Grão-Mestre de Honra do Grande Oriente do Brasil no Rio de Janeiro e membro fundador da A.R.L.S. de Estudos e Pesquisas Maçônicas Sabedoria Triunfante nº 4069.
  

terça-feira, 2 de agosto de 2011

A MARCHA DO APRENDIZ

                                                               Autor: Irm. Robson Rodrigues da Silva 
   Inicialmente deve ser esclarecido o significado de marcha. Marcha é o ato ou efeito de marchar, caminhar.
   Na maçonaria uma marcha específica é usada para cada grau e cada Rito Maçônico possui igualmente a sua marcha específica. Portanto, a marcha varia em alguns casos de acordo com o Rito.
   Os Maçons executam a marcha, pois esta representa a forma de caminhar em Loja em busca da Luz do conhecimento. No caso do Aprendiz este só sabe dar três passos em busca dessa Luz.
      (Leia mais na página "Trabalhos Maçônicos")

terça-feira, 19 de julho de 2011

Paradigmas Renascentista e Iluminista

É importante o estudo dos assuntos seguintes:



1. Paradigma Renascentista;
2. Paradigma Iluminista.


Uma visão desses assuntos é fundamental para entendermos a Maçonaria e o Rito Moderno. O texto a seguir é apenas um tira gosto para o nosso estudo. É importante que todos pesquisem, estudem para poder dar sua contribuição.


PARADIGMAS são sistemas de crenças, valores e concepções compartilhados por uma determinada comunidade. Quando falamos em paradigma renascentista estamos nos referindo ao período da História, em que a Europa sai da escuridão e ingressa na Idade Moderna. Nesse período grandes nomes e clássicos da antiguidade são restaurados e novamente reverenciados. Além disso, surgem grandes nomes e grandes ideias. Assim, temos: Galileu, Leonardo da Vinci, Giordano Bruno, Shakspeare e tanto outros.


No século XVIII, a Maçonaria se torna especulativa (1717) influenciada tanto pelo paradigma hermético-renascentista como pelo iluminismo. Vários grupos e Ordens de cunho hermético vão ter grande influência na formação da moderna Maçonaria. Ritos e Mitos das antigas civilizações do Oriente Médio e do Mundo Clássico (Grécia e Roma), além de elementos doutrinários e simbólicos da cabala, da alquimia, da numerologia são incorporados pela Maçonaria Especulativa.


Além disso, não podemos esquecer a visão teológica dogmática, da época, que também tem forte influência sobre a Maçonaria nascida a partir de 1717. É a força e a influência da Igreja, principalmente da Anglicana, na Inglaterra. Daí o teísmo da maioria dos Ritos Maçônicos. Ou seja, a idéia da existência de um Deus único e que se manifesta e revela na História dos Homens.


Já o paradigma iluminista dá uma outra tonalidade à Maçonaria nascente.


Podemos entender o iluminismo como um movimento filosófico nascido no século XVIII e que se desenvolve particularmente na França, Alemanha e Inglaterra, cuja característica marcante é a defesa da ciência e da racionalidade, contra a fé, a superstição e o dogma religioso.


Como no plano político o iluminismo vem defender as liberdades individuais e os direitos do cidadão contra o autoritarismo e o abuso do poder não é difícil entender as grandes revoluções que vão pouco a pouco explodindo na França e nas Américas. Assim, o iluminismo vem fornecer um arcabouço ideológico aos movimentos liberais e revolucionários que vão dar origem à Revolução Francesa, à Revolução Americana e às lutas de Independência da América Latina.


Não foi propriamente a Maçonaria que fez essas revoluções, mas apenas pelo fato de conviver e compartilhar com as mesmas idéias e ideais iluministas é que ela, através dos seus membros, vai ter uma participação marcante em todas as lutas de libertação na Europa e nas Américas.


Nos nossos Rituais e outros documentos maçônicos vemos claramente a influência desses dois paradigmas. No Rito Escocês Antigo e Aceito vemos tanto influência da cabala, da astrologia, do misticismo medieval, da numerologia (paradigma renascentista), como do iluminismo (vejam nossos princípios expostos na Constituição do Grande Oriente do Brasil). Já no Rito Moderno há uma prevalência maior do paradigma iluminista, com acentuado tom racionalista, ou seja, a ideia de que o homem pode se emancipar através da razão e do saber.


Entretanto, alguns Irmãos e escritores maçônicos tomam partido de um ou outro paradigma como se o seu paradigma fosse o único, quando na realidade ambos tem forte influência na Moderna Maçonaria, desde o seu início no século XVIII.


É importante entendermos que nenhum Rito é totalmente hermético ou místico e nenhum Rito é totalmente racionalista. O Rito Escocês Antigo e Aceito tem muito do Paradigma Iluminista e o Rito Moderno tem algo do Paradigma Hermético.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Reassunção e Posse da Administração


Reassunção do Venerável Mestre Robson Rodrigues, tendo ao seu lado os IIrm. Vandir Encarnação (Presidente da Comissão Instaladora  e Matheus Casado, assessor do Grão-Mestre-Geral.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

REASSUNÇÃO E POSSE

DIA 07 de julho de 2011
SESSÃO MAGNA DE REASSUNÇÃO DO VENERÁVEL MESTRE E POSSE DA ADMINISTRAÇÃO
A.R.L.S. de Estudos e Pesquisas Maçônicas Sabedoria Triunfante nº 4069
Horário: 20,00 horas
LOCAL: Espaço Maçônico Irmãos Unidos
Rua Carlos Gomes, 179 - Largo do Barradas - Niterói - RJ.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Sessão exclusiva para Mestres Maçons (09/junho/2011)
Expositor: Irm. Elmo Machado

Tema: EXALTAÇÃO A MESTRE. MESTRE DE QUÊ?



Enfim chegou o dia, tão aguardado, da exaltação. Vamos atingir a plenitude maçõnica. Iniciamos a Sessão como Companheiros e, ao final, somos Mestres. Mestres de quê?


Tomamos conhecimento da Lenda de Hiram, mal tomamos conhecimento das palavras, toques e sinais, nem aprendemos direito a marcha, mas já somos Mestres. Mestres de quê?


Teoricamente só podemos tomar conhecimento das instruções e ensinamentos do grau após a exaltação, mas, o progresso na Maçonaria, vai depender do interesse de cada um. Digo teoricamente, pois vejo hoje em dia, Aprendizes e Companheiros tendo acesso, através da INTERNET e pela facilidade em adquirir livros maçônicos, inclusive, em bancas de jornais, a informações de graus superiores aos seus. Nestes casos, pelo menos, embora erroneamente, demonstrem interesse pelos ensinamentos da Ordem. Digo erradamente porque devemos subir a escada degrau por degrau, sem atropelamentos, vencendo a ansiedade que tanto abala nosso sistema nervoso, desequilibrando nosso organismo e reduzindo nossa imunidade.


A partir deste dia, muitos acreditam que já são realmente Mestres e não se interessam em aprender mais nada. Muitos chegam a este ponto sem terem aberto Constituições, Regulamento Geral, Códigos, Estatutos ou, sequer, lido algum livro sobre Maçonaria. Alguns chegam até a serem eleitos Veneráveis Mestres de suas Lojas, tornando-se Mestres Instalados, sem terem conhecimentos básicos para exercer o cargo, movidos apenas pela vaidade.


Antigamente só havia dois graus, o de Aprendiz e o de Companheiro, e o Mestre, ou Master, era escolhido entre os Companheiros para dirigi-los. Criaram então o 3º Grau, dividindo o ensinamento e dando-lhe o nome de Mestre. Mestre de quê? precisamos estimular o estudo, a busca do conhecimento, em nossos Irmãos, afim de que estejam preparados para exercer cargos no mundo profano, onde possam, com seu comportamento e preparo ajudar a construir um mundo melhor e mais justo.


Apesar de ser um dos nossos princípios, o combate à vaidade, a busca por títulos, condecorações e cargos com regalias, é cada vez maior. Muitos só querem ser eleitos Veneráveis de suas Lojas, pensando em obter o título de Mestre Instalado, o que lhes trará certas regalias, sem pensar no crescimento e em projetos futuros.


Ao ser criada a figura do Mestre Instalado no Simbolismo e estendida a todos os ritos, acabou-se criando um "monstro" que vai contra a tal plenitude maçônica atingida com a exaltação. Senão, vejamos:


A Cerimônia de Instalação é como uma Colação de Grau, restrita àqueles que o possuam, com Lenda, toques, palavras e sinais, como qualquer outro Grau. E é aí que está o problema, restrito a poucos privilegiados eleitos, que não precisam demonstrar conhecimentos para atingi-lo. Se precisamos apresentar trabalhos e responder a sabatinas para atingir graus superiores, por que não também para sermos Instalados, passando a ser um direito de todos e não um privilégio de alguns? O privilégio passaria a ser a ocupação pura e simples do Cargo de Venerável Mestre, eleito entre os Mestres Instalados, na condução dos trabalhos e crescimento de sua Loja, como qualquer dirigente eleito no mundo profano.


Ao não permitirmos o acesso aos "mistérios" do Mestre Instalado a todos os irmãos que provem sua capacitaçao, estamos indo contra pelo menos dois dos princípios fundamentais da Maçonaria: a Liberdade e a Igualdade.


Entendemos que, após três anos no Grau de Mestre, os Maçons deveriam ter direito de, após comprovação de conhecimentos adquiridos, tanto ritualísticos quanto administrativos, a serem Instalados na Cadeira de Salomão, símbolo da Sabedoria, passando então a estarem aptos a exercerem altos cargos, se eleitos, e serem Mestres da Maçonaria.


Em minha defesa, apresento as palavras de dois grandes Maçons escritores e pesquisadores, registradas no livro "Manual do Mestre Instalado", de autoria do irmão José Castellani, com apresentação do irmão Xico Trolha, publicado pela Editora Maçônica "A TROLHA" Ltda, em 1999.

quarta-feira, 2 de março de 2011

I CICLO DE ESTUDOS

                 
         Dia: 17 de março de 2011 – 20,00 h.
         Local: Espaço Maçônico Irmãos Unidos
         Rua Carlos Gomes, 179, Largo do Barradas
         Niterói – RJ.

               O APRENDIZADO MAÇÔNICO

                                    Irm\ Robson Rodrigues da Silva
                                           Oriente de Niterói – RJ.

         Não bastassem os problemas ligados à Ritualística, à Liturgia, e à Administração Maçônica a maioria das Lojas Simbólicas, em que pese o esforço dos seus Vigilantes e Veneráveis Mestres, deixa muito a desejar no que diz respeito ao aprendizado maçônico. Mas embora as Lojas tenham o dever de empenhar-se no aperfeiçoamento dos seus membros em contrapartida seus Aprendizes, Companheiros e Mestres têm igualmente o dever empenharem-se na busca do aprendizado maçônico. É o que tentaremos demonstrar a seguir.
         À Loja que iniciou o Aprendiz cabe doravante a tarefa de ministrar-lhe os ensinamentos necessários à sua formação maçônica nos três graus da Maçonaria Simbólica.
         No entanto, no dizer de Nicola Aslan, “as Lojas Simbólicas, geralmente sobrecarregadas por preocupações de ordem administrativa, litúrgica ou filantrópica dispõem de muito pouco tempo para ministrarem instruções eficientes dos três primeiros graus, limitando-as, via de regra, à comunicação dos Sinais, Toques e Palavras, além do adestramento dos Obreiros na liturgia e no ritualismo...”.
         Ora, se as Lojas Simbólicas, como constatado pelo Irm.: Aslan, via de regra, limitam-se à comunicação dos Sinais, Toques e Palavras, não é difícil deduzir que não haja nesses casos propriamente aprendizado maçônico. O que há é transmissão de conhecimentos, informações, mas não aprendizagem.
         “Aprender é a capacidade que o ser humano tem de assimilar, introjetar, produzir e reproduzir conteúdos novos” -- ensina a educadora Dulce Magalhães.[1]
         Esses conteúdos -- ela prossegue -- são os elementos que formam percepção, intenção, interpretação e decisão – as quatro modalidades de construção da realidade. Quando aprendemos alteramos nossos conteúdos de forma a produzir uma nova realidade. Para que haja aprendizagem é preciso que haja alteração da realidade. Quando aprendemos a percepção e interpretação da realidade já não é a mesma que tínhamos antes. Podemos dizer que nosso mundo mudou. Houve mudança. Nós mudamos. Por outro lado, se apesar do estudo e conhecimento que adquirimos a nossa realidade não mudou é sinal que não aprendemos.
         Aprender, portanto, é muito mais que simplesmente estudar ou receber as informações sobre determinado conhecimento, pois nem sempre isto irá gerar uma nova perspectiva ou realidade.
         Para que o Aprendiz, o Companheiro e o Mestre possam de fato aprender é necessário muito mais que simples comunicação de Sinais, Toques e Palavras ou informações sobre os conteúdos simbólicos dos instrumentos de trabalho do seu grau. A mesma professora aponta para algumas qualidades necessárias para que ocorra o aprendizado, dentre as quais, elegemos três e sobre elas passaremos a discorrer.
         Abertura – A abertura é uma das primeiras condições para que o processo de aprendizagem desabroche. O Aprendiz Maçom há que estar aberto ao conhecimento do novo, à mudança, à formação de novos paradigmas. Em hipótese alguma ele deve estar fechado em suas “verdades”. É preciso que duvide daquilo que sabe ou conheceu até então.
         Interesse – Interessar-se é voltarmos nossa atenção para aquilo que a nós convém, julgamos conveniente, importante, oportuno; que irá acrescentar algo mais em nossa vida. O Aprendiz tem que ter o interesse despertado para os ensinamentos maçônicos. Caso ele considere o processo de ler, pesquisar, inquirir e ouvir a respeito dos ensinamentos maçônicos uma tarefa chata e enfadonha não há interesse e, portanto, a aprendizagem não ocorrerá. 
         Curiosidade. A curiosidade é outra qualidade indispensável para o aprendizado. Sem ela não teríamos os maiores gênios e filósofos.  Quando é iniciado o Candidato é advertido: “Se a curiosidade aqui te conduz, retira-te!” Mas não nos referimos aqui à curiosidade no sentido pejorativo do termo. O Aprendiz Maçom não deverá ser um xereta, bicão ou intruso, mas alguém insatisfeito com aquilo que lhe é repassado, disposto a querer mais, perguntar, saber mais, investigar. Ele deverá ter sempre em mente as perguntas “Por que?” e “O que é?” Por que Loja? Por que orla dentada? Por que a Bíblia? Por que três passos? O que é pavimento mosaico? O que é Oriente? E assim sucessivamente. 
         O Aprendiz Maçom recebe os ensinamentos do seu grau nas Sessões Maçônicas. Mas por diversos fatores eles não são suficientes para que ele adquira os conhecimentos necessários ao seu aprendizado. Assim como um aluno não consegue apreender tudo apenas comparecendo às aulas do seu curso, também o Aprendiz deverá, além das instruções recebidas nas Sessões, dedicar-se em casa ampliando os seus estudos a respeito daquilo que lhe foi repassado nas Sessões Maçônicas. Para tanto, ele deverá atentar para alguns pontos fundamentais:  
         O Local. A escolha do local é fundamental. Um ambiente tranquilo em qualquer canto da casa é o suficiente. Não precisa ser super equipado. Basta que nele o acesso aos livros e demais materiais de estudo estejam à mão. Não é conveniente estudar no local de trabalho, nem nas conduções no trânsito.
         Horário. O horário também deve ser estabelecido e preciso.  É importante reservar um horário determinado. Nunca deixar para estudar no horário que sobrar, pois o tempo passará e não sobrará tempo nenhum. É importante lembrar que o tempo somos nós que fazemos, dando prioridade àquilo que nos interessa. Aqueles que alegam não ter tempo para estudar, na verdade, não estão é priorizando os estudos. 
         Além disso, o Aprendiz deverá ter:
         Disciplina. A disciplina é uma virtude e como tal pode ser adquirida pelo hábito. Caso o aprendiz decida estudar um pouco sobre o seu grau todos os dias criará um hábito. No entanto, não é preciso que ele chegue a tanto. Basta decidir por um ou dois dias na semana, uma ou duas horas e já terá um aprendizado satisfatório.
         Espírito crítico. O espírito crítico aqui referido não é o de atentar apenas para o lado negativo de pessoas e coisas, mas de não aceitar tudo como pronto e acabado. Trata-se de questionar, analisar os méritos e deméritos do que estão nos livros, revistas, internet e outros ensinos repassados. 
         A leitura dos rituais é de extrema importância. Mas não é o suficiente. Os estudos maçônicos vão além dos rituais. Estes, embora indispensáveis, não devem ser o único objeto de estudo. Xico Trolha, um dos maiores escritores maçônicos do nosso país, costumava dizer que os rituais são apenas o feijão com arroz. As cartilhas, instrucionais e manuais de estudos maçônicos criados por algumas Lojas e Obediências são subsídios importantes, mas também não são suficientes. O Aprendiz deverá dispor ainda de alguns bons livros, nacionais e estrangeiros, inclusive, dicionários maçônicos etimológico e de termos maçônicos. A relação dos livros próprios para o Aprendiz deverá ser feita pelos principais instrutores da Loja, os Vigilantes e o Orador. Além destes qualquer outro Irmão com o conhecimento necessário deverá orientar o Aprendiz quanto aos livros que deve comprar e aqueles que não deve comprar, por serem produto da fantasia de determinados autores e nada confiáveis.
         Cremos que cumprindo a Loja a sua tarefa de orientar e ministrar ao Aprendiz os ensinamentos maçônicos básicos do seu grau e este se dedicando com interesse aos estudos o aprendizado com certeza virá.
         Por derradeiro é importante ressaltar que o ser humano está continuamente aprendendo. Não há limite de idade para aprender. Qualquer pessoa é capaz de aprender, desde que deixe de lado a baixaestima, o “eu não consigo”; tenha garra, vontade, determinação e atente para alguns requisitos básicos para o aprendizado.   

                                 PERGUNTAS
1.    Como você avalia o Aprendizado Maçônico?
2.    O que podemos fazer para melhorar o Aprendizado Maçônico?


[1] Dulce Magalhães et al. Superdicas Para Ensinar e Aprender. Rio de Janeiro, Editora Saraiva, 2ª Edição, 2009.