Bem-Vindos ao "BLOG DA SABEDORIA TRIUNFANTE. Aqui iremos postar artigos, reflexões, matérias relacionadas às Lojas de Estudos, livros maçônicos, assuntos diversos e trabalhos. Fiquem à vontade e bons estudos!

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CONSULTÓRIO MAÇÔNICO

Esta página tem por objetivo trazer perguntas e respostas, e esclarecimentos, sobre dúvidas em assuntos de interesse maçônico. As respostas aqui apresentadas são de exclusiva responsabilidade do subscritor, não representando a palavra final de qualquer Obediência maçônica, muito menos da A.R.L.S. de Estudos e Pesquisas Maçônicas Sabedoria Triunfante nº 4069 ou de quaisquer de seus membros. Melhores esclarecimentos devem sempre ser buscados junto aos Oficiais das Lojas, bem como junto aos Altos Corpos da respectiva Obediência.

 O MOMENTO DE DAR A PAL. de PAS..

O estimado Irm. JOELSON BATISTA, da A.R.L.S. Três Malhetes nº 1886, do Oriente de Magé – RJ, busca esclarecimento quanto à questão, que expõe da seguinte forma:



Bom dia querido Ir.•.


Sou Comp.•. M.•. da Loja TRÊS MALHETES nº 1886, estou com uma dúvida no nosso ritual não consta ou pelo menos eu não vi, quando o Comp.•. M.•. entra numa Loja do Grau 2 ele deve dar a Pal.•. de Pas.•. ao entrar ou quando ele eleva o sinal de ordem para o segundo grau? Em nosso Ritual em momento algum diz que devemos dar a palavra, gostaria que o querido Ir.•. me ajudasse a esclarecer esta dúvida.


Um TFA.•. e um ótimo final de semana.


JOELSON BATISTA


joelson3malhetes@hotmail.com


RESPOSTA:
Estimado Irmão Joelson:
   No Rito Escocês Antigo e Aceito a Pal. de Pas. do Grau de Comp é Sch.. E o momento de dá-la é ao entrar em Loja, segundo o ritual do Grau 2, do Grande Oriente do Brasil. Essa orientação é dada ao novo Comp., recém elevado, quando da Cerimônia de Elevação.
   É preciso entender perfeitamente a expressão “entrar em Loja”. Entrar em Loja significa ingressar em um Templo Maçônico, em cujo local está sendo realizada uma Sessão ritualística em determinado Grau.
   No entanto, alguns Irmãos entendem, de forma equivocada, que o Comp. entra em Loja de Companheiro depois que dá os passos regulamentares de Apr. e, antes de dar os passos seguintes, pronuncia a Pal. de Pas. do Grau de Comp. Nesse momento, ele estaria entrando em Loja de Comp., segundo entendem. Esse entendimento é equivocado por algumas razões que passo a expor.
   Em primeiro lugar, é preciso entender que a marcha do Comp. é composta de três passos e mais dois. Mas é importante observar que ao dar os primeiros passos da marcha de Comp. ele já está em Loj. de Comp., e não em Loj. de Apr..
   O segundo equívoco consiste em acreditar que enquanto o Comp. está dando os passos iniciais da sua marcha estaria no Gr. de Apr.. Ora, trata-se de um Comp. que já ingressou no Templo, cuja Loja está trabalhando no Gr. de Comp. e o ingresso numa Loj. no Gr. de Comp. já lhe foi franqueado. Não há porque pronunciar qualquer Pal. de Pas., pois ao lhe ser facultado o ingresso no Templo, já foi reconhecida a sua condição de Comp. Maçom e a entrada em uma Loja de Comp..
   É preciso deixar claro, ainda, o seguinte. O Obreiro que adentra o Templo maçônico o faz na condição de membro do Quadro ou como visitante. Em se tratando de Obreiro do Quadro, antes de entrar no Templo em uma Loj. que está trabalhando no Gr. de Comp. não precisa dar a Pal de Pas., uma vez que, chegando atrasado, a sua condição de Comp. Maçom é verificada pelo Irm. Cobridor ou Guarda do Templo, que já o conhece.
   Na hipótese de ser o Comp. um visitante desconhecido da Loj. e não sabendo em que Grau a mesma está trabalhando, dará a bateria universal (0-0-0) e aguardará a verificação a ser feita pelo Cobridor ou Guarda do Templo, ao qual caberá se certificar, através de sinais, toques e palavras, sobre a qualidade de Maçom, seu Grau, Loja e se está regular, inclusive, podendo lhe ser exigida a apresentação do seu documento de identificação maçônica. É nesse momento que é pedida a Pal. de Pas. ao Obreiro, ou seja, antes da sua entrada no Templo e em Loja.
   No interior do Templo, quando a Loja já está aberta, só é pedida a Pal. de Pas. para fins de instrução e nada mais.



 COMPOSIÇÃO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA MAÇÔNICO

     O ilustre Irmão Mozart João de Noronha Melo, Mestre Maçom da A.R.L.S. Novo Século nº 3022, do Oriente do Rio de Janeiro, faz a seguinte pergunta: como é composto o Tribunal de Justiça Maçônico?



RESPOSTA:


   Um Tribunal é o lugar ou, mais precisamente, a Casa onde são discutidas e julgadas as querelas judiciais.
   Cada Obediência maçônica tem o seu Tribunal de Justiça.
   No âmbito do Grande Oriente do Brasil cada Estado e o Distrito Federal tem um Tribunal de Justiça próprio, com jurisdição evidentemente restrita ao seu território e área de competência.
   O Tribunal de Justiça Maçônico é um dos Órgãos do Poder Judiciário Maçônico e a ele compete, além de eleger seus presidentes e demais componentes da sua direção, processar e julgar todas as infrações da sua competência. O tratamento dado ao Tribunal de Justiça Maçônico é de Egrégio.
   Cada Tribunal de Justiça é composto por nove Juízes nomeados pelo Grão-Mestre Estadual, após a respectiva indicação, exigindo-se para o exercício do cargo que sejam Mestres Maçons com conhecimentos não só jurídicos, mas também maçônicos.
   O Tribunal de Justiça Maçônico é composto por um Presidente, um Vice-Presidente, um Secretário e demais membros. Além disso, atuam no Tribunal o representante do Ministério Público Maçônico, no caso, o Procurador de Justiça Maçônica e o Defensor Público Estadual Maçônico, este quando o Maçom que está sendo processado e julgado não tem um advogado constituído.
   Para o julgamento de um determinado processo é sorteado um Relator, ao qual caberá, após examinados os autos, apresentar Relatório e dar o seu Voto, que poderá ou não ser acompanhado pelos demais Juízes do Tribunal. Os trabalhos são desenvolvidos com similitude nos Tribunais de Justiça do chamado mundo profano. Assim, suas decisões são chamadas de Acórdão ou meramente decisões, em se tratando de mandado de segurança ou outras medidas judiciais.
   A competência de um Tribunal de Justiça é a de processar e julgar os seus membros, os Deputados das Assembleias do Estado e do Distrito Federal, os Procuradores e Sub-Procuradores do Estado e do Distrito Federal, os Membros do Conselho Estadual e do Distrito Federal, os Membros do Tribunal de Contas do Estado e do Distrito Federal e os Secretários. Além disso, também lhe compete processar e julgar os membros das Lojas. Quanto a estes é importante observar que essa competência, antes, era da própria Loja, através de um Tribunal do Júri. Hoje, devido a complexidade e as dificuldades que as Lojas tinham para montar um Tribunal com todas as exigências legais, essa competência passou a ser originária do Tribunal de Justiça Maçônico.
   Também é da competência dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal o processo e julgamento dos mandados de segurança, isto quando a autoridade coatora não estiver sujeita à Jurisdição superior.
      Um fraterno abraço
  Irm. Robson Rodrigues da Silva



                         O Uso das Velas
Pergunta efetuada pelo ilustre Irmão, Venerável Mestre Rivadávia Zimmerman Borges, da A.R.L.S. Três Malhetes, Oriente de Magé - RJ.
PERGUNTA:
 Oi !
Bom dia
Meu querido amigo e irmão estou a necessitar de algo:
Durante o Tempo de Estudos, na nossa loja Três Malhetes, em uma sessão próxima passada surgiu um Trabalho que discorria sobre “AS VELAS”.
A uma simples leitura, minha e de um ou outro chegado, pareceu-me complexo e controvertido caindo mais para o espiritismo. Segurei (provisoriamente) o mesmo.
Lembro que no Ritual do Grande Oriente do Brasil cita-se as velas unicamente como fonte de Luz – claridade para leitura.
Assim, solicito ajuda a respeito e como devo proceder e basicamente se pode discorrer sobre este tema para que eu possa agir de forma mais consciente. Um forte e TFA.: as. Riva


RESPOSTA:

Estimado Irm. Rivadávia:


     As velas têm sido usadas em rituais religiosos, místicos e maçônicos, mas com significados simbólicos diferentes para cada caso.
    É bom lembrar que na antiguidade e na Idade Média não existia luz elétrica. Assim, a iluminação era feita com tochas e, posteriormente, com velas. No passado, os templos maçônicos eram iluminados com tocheiros e, posteriormente, com velas.
    Com o advento da iluminação elétrica, as lâmpadas passaram a substituir as velas, inclusive, na Maçonaria.
    Na Igreja Católica e em algumas ordens místicas as velas e a luz que delas irradia têm um significado simbólico e espiritual. No entanto, na Maçonaria esse simbolismo é bem pequeno. O uso de velas serve mais para lembrar a época em que elas eram utilizadas nos Templos Maçônicos há mais de trezentos anos. Por isso, nossos Rituais permitem que a Loja opte pela utilização de velas ou luz elétrica.
    Quanto à luz -- que tanto as velas como a luz elétrica irradia -- simboliza o esclarecimento, a iluminação, a verdade, e nada mais. Em Maçonaria, portanto, a luz e as velas não devem ser vistas com nenhum significado místico, religioso ou espiritual.
    Infelizmente, no Brasil alguns irmãos desinformados acabam espiritualizando ou mistificando demais a Maçonaria de acordo com seu gosto religioso, místico ou esotérico, e outros, mais desinformados ainda, acabam achando bonito e aceitam tudo sem qualquer questionamento.


          Irm. Robson Rodrigues da Silva


Qual o Padroeiro da Maçonaria: João Batista ou João Evangelista?
Prezado irmão:

Eu tenho uma dúvida que gostaria que você me ajudasse.
O padroeiro ou o patrono da maçonaria é João Batista ou João Evangelista? Como eu já comprei vários livros da Madra Editora inclusive os seus, estou fazendo esta pergunta para efeito de trabalho em Loja.
Pertenço a
Grande Loja de São Lourenço-MG.
Um grande abraço fraternal do irmão Jaques Jonis Netto
  e-mail-jonisn@ig.com.br

RESPOSTA:

Caro Irm.: Jonis:


O Padroeiro da Maçonaria é tanto São João, o Batista, como São João, o Evangelista. Os dois São João têm uma mensagem que se aproxima muito dos ideais da Maçonaria. O Batista, segundo um ritualista pela "sua firme reprovação do vício e sua contínua pregação em prol do arrependimento e da virtude..." Já São João, o Evangelista por mostrar em seu Evangelho a vitória da Luz sobre as Trevas e também por suas constantes admoestações em favor do amor ao próximo. Quanto aos demais São João, trata-se tão-somente de um topônimo, acrescentado ao primeiro nome de uma Loja ou Ordem. Assim, São João da Escócia, São João de Jerusalém, São João de Edimburgo, São João de Boston.
Espero ter sanado as dúvidas.
De qualquer forma, no meu livro "Reflexos da Senda Maçônica", publicado pela Madras, tem um capítulo dedicado ao Padroeiro da Maçonaria, que pode ilustrar melhor o seu trabalho.
   Um abraço fraterno.


   Robson Rodrigues da Silva.

 O Significado da Saudação S.F.U. e a Cadeia de União

 O Irm. Rivadávia, da A.R.L.S. Três Malhetes, Oriente de Magé-RJ, pergunta:



Robson: pergunto a você o significado da saudação S.F.U e se é verdadeira a assertiva de que na Cadeia de União, até hoje, na maioria das Lojas, as palavras usadas são: Saúde, Força e União.


Pergunto ainda: ao fazermos a Cadeia de União, realmente proferimos alguma (s) palavra que não a do assunto específico? Ex. falamos outra coisa a não ser a de transmitir a palavra semestral?

RESPOSTA:


Meu Estimado Venerável Mestre:


Existe muita invenção na Maçonaria brasileira quando o assunto é Cadeia de União. Cada Loja deve executar a Cadeia de União de acordo como está previsto no ritual da respectiva Obediência. Se o Ritual da Obediência fala em juntar os pés, então, os pés devem ser juntados, pois é delito maçônico não cumprir o que está previsto no Ritual.


A formação da Cadeia de União difere também de acordo com o rito praticado pela Loja. No Rito Schöeder, ao término da Cadeia, se a palavra estiver certa, os irmãos desfazem a mesma silenciosamente.


É possível ao término da Cadeia de União os irmãos se manifestarem, levantando os braços três vezes, e fazendo uma saudação. No Rito Adonhiramita é feita a saudação: viva! viva! viva!, saudação esta oriunda da expressão latina Vivat! Vivat! Vivat!.


A saudação S.: S.: S.: é uma dentre tantas tríades de saudação usada pela Maçonaria e também de origem latina, Salute, Sapientia, Stabilitate, significando Saúde, Sabedoria e Estabilidade. Esta saudação era muito comum nas correspondências maçônicas, principalmente nos meios latinos e, hoje, infelizmente, esse costume tem sido abandonado.


No que diz respeito ao R.E.A.A. não encontrei nada que diga que esta saudação deva ser usada ao fim da Cadeia de União, nem nos escritos de um dos maiores conhecedores do Rito que era o Irmão Castellani.


Quanto à saudação S.: F.: U.: , de fato, significa Saúde, Força e União e não é de origem latina, sendo mais própria do chamado Rito de York, que desenvolve suas práticas ritualísticas a partir do Ritual de Emulação, de origem inglesa.


Um fraterno abraço e não deixe de participar do I SIMPÓSIO MAÇÔNICO DA ACADEMIA NITEROIENSE MAÇÔNICA DE LETRAS, HISTÓRIA, CIÊNCIAS E ARTES, no dia 29 de maio de 2010, das 14,00 às 19,00 horas, no Clube dos Advogados de Niterói.


      Irm. Robson Rodrigues da Silva



       "Similaridade" de Graus no Supremo Conselho



PERGUNTA:


Grande Robson: através do documento em anexo, já é possível o reconhecimento dos meus graus filosóficos (7) pelo Excelço e dar continuidade daqui pra frente nos Graus filosóficos no Supremo Conselho?
abração
    Robson de Lima Rego
A.R.L.S. Nova Estrela do Oriente - Oriente de São Gonçalo-RJ.


RESPOSTA:


Irm.: Robson:


Mesmo com esse Tratado entre as duas Obediências filosóficas não é possível a um maçom que tenha colado os graus filosóficos do Excelso Conselho da Maçonaria Adonhiramita dar continuidade aos mesmos no Supremo Conselho do Rito Escocês Antigo e Aceito.


Observe bem o artigo 5º do Tratado. Ali está explícito que deverá ser obsevada "a não similaridade de cada grau ritualístico das Potências signatárias". Os graus de ambas as Obediências não são similares.


No Brasil existia uma prática muito comum entre as Oficinas dos Altos Graus que era a de receber, durante os trabalhos, os Irmãos de outros ritos que portassem graus "similares" àqueles em que a Loja estava trabalhando.


No entanto, é preciso observar que, perante as normas do Rito Escocês, esta prática é ilegal. Nas resoluções do Congresso de Lousane, de 1875, isto ficou tão claro quanto a luz do dcia. No artigo 18 dessas resoluções, nos ítens 4 e 5, está disposto o seguinte:


4. "Os graus similares ao do escocesismo, acima do grau de Mestre, conferidos por um corpo maçônico local, não são reconhecidos pelos Supremos Conselhos confederados e, consequentemente, os Irmãos de outro poder maçônico, não são admitidos nas Oficinas Escocesas, senão até o grau de Mestre..."


5. "Os Maçons, pertencentes a corpos regularmente reconhecidos, não poderão gozar dos privilégios reservados aos membros que fazem parte da Confederação, senão colocando-se sob a jurisdição do Supremo Conselho escocês, constituído para o território onde residirem e obtendo a regularização dos seus títulos maçônicos, a começar do 3º grau ".(os grifos são meus).


Por esse texto é possível ver claramente que as Oficinas dos Altos Graus (Loja de Pefeição, Capítulos, Kadosh e Consistórios ) não pdem receber em seus trabalhos Maçons de outros ritos, sob pena de ilegalidade flagrante. E isto ocorrendo, cabe a qualquer membro comunicar o ilícito ao Supremo Conselho, o qual certamente tomará as medidas pertinenetes.


Em relação ao Supremo Conclave do Brasil para o Rito Brasileiro dos Maçons Antigos, Livres e Aceitos e o Excelso Conselho da Maçonaria Adonhiramita, o mesmo já não pode ser dito, pois existe entre ambas as Potências um "Tratado de Aliança, Mútuo Reconhecimento e Amizade".


Estre tratado reza o seguinte:


ítem III. 5 - "Haverá equivalência entre os graus das hieraquias das Altas Partes contratantes assegurado aos Maçons das rewspectivas obediências o direito de frequentarem trabalhos litúrigicos Lojas, Capítulos e Altos Corpos de ambas, desde que se identifiquem por meio de documentos hábeis pelas mesmas expeidos".


O Tratado que você me remeteu é tão somente de "Fraterna Amizade, Intercâmbio Cultural e Visitação Social".


     Um fraterno abraço.
    Irm. Robson Rodrigues



PALAVRA A BEM DA ORDEM EM GERAL OU DO QUADRO EM PARTICULAR



PERGUNTA: O ilustre Irm. Elias, da A.R.L.S. Moacir Arbex Dinamarco nº 3301, do Oriente de Tanguá- RJ, pergunta o que pode ou não ser falado na Palavra a Bem da Ordem em Geral ou do Quadro em Particular.


RESPOSTA:


Meu irm. Elias:


Nesta parte do Ritual qualquer obreiro poderá usar a palavra para se pronunciar sobre o assunto que lhe aprouver, desde que o faça, de fato, a Bem da Ordem em geral ou do Quadro, em particular, com moderação, de forma concisa e objetiva, audível, evitando-se os devaneios oratórios e as retóricas desnecessárias.


Não se trata, como muitos equivocadamente pensam, de “palavra livre”. Este é um período que requer muita atenção do Venerável Mestre e dos Vigilantes, pois muitos Irmãos, no afã de usar a palavra, o fazem para expressar pontos de vista que nada dizem a respeito da Ordem e, muito menos, do Quadro da Loja.


Este não é o momento oportuno para apresentação de propostas, nem de informações, que devem ser feitas, por escrito, no período próprio, salvo orientação diversa preconizada no respectivo Rito. Pronunciamentos vazios, repetitivos, insinuações ou acusações pessoais devem, igualmente, ser evitados.


Nenhuma admoestação deve ser feita a qualquer Obreiro ou à Loja, quando presentes Irmãos visitantes. Da mesma forma, não devem ser toleradas reprimendas ou perguntas embaraçosas ou que exponham de alguma forma os Oficiais ou as Dignidades da Loja.


Também devem ser evitados convites, assuntos relativos a finanças, bem como solicitações em favor de profanos ou organizações não maçônicas, que devem ser colocados, por escrito no Saco de Propostas e Informações. A rigor, elogios e felicitações devem ficar a cargo do Orador, do Chanceler ou do Venerável Mestre.


A palavra a bem da Ordem deve ser usada para que os Irmãos, visitantes ou não, se manifestem, de forma breve, quanto aos rumos que a Ordem Maçônica está tomando, no país e no mundo; suas iniciativas no âmbito da sociedade, a elevação moral e social dos seus membros; assuntos que afligem a sociedade e a humanidade como um todo e que a Maçonaria deve se posicionar. É importante observar que as críticas construtivas, feitas de forma respeitosa e fraterna, devem ser sempre bem- vindas. O mesmo pode-se dizer quanto à palavra a bem do Quadro. É o momento em que o Obreiro do Quadro deve se manifestar quanto aos rumos que a Loja está tomando, suas iniciativas, seu desenvolvimento. No entanto, mais uma vez é preciso ficar claro: em nenhuma hipótese críticas, admoestações e reprimendas devem ser feitas quando presentes irmãos visitantes.


Caso a palavra não esteja sendo usada para o Bem da Ordem ou do Quadro em particular, os vigilantes, nas Colunas, devem pedir a palavra, batendo com o malhete, e aguardar a mesma ser concedida pelo Venerável Mestre. Uma vez concedida, de forma educada e comedida, devem fazer ver ao Irmão que a está usando, o erro em que está incidindo. Havendo persistência no erro, deverá cassar a palavra. No Oriente, esta incumbência é do Venerável Mestre.


É de suma importância que o Venerável Mestre, o Orador ou os Vigilantes orientem a Loja quanto ao uso correto da palavra nesse período tão importante, quando já se prenuncia o fim dos trabalhos da Oficina, evitando-se a morosidade e a perda de tempo.
     Irm. Robson  Rodrigues da Silva




A SAUDAÇÃO AOS PRESENTES EM UMA SESSÃO MAÇÔNICA


PERGUNTA:




O Irmão Francisco De Paula, da Loja Cruzeiro Fluminense, do Oriente de São Gonçalo, R.J., apresentou a seguinte questão: Ao ser feito uso da palavra, qual a forma correta de saudar os presentes em uma Sessão Maçônica?


 RESPOSTA:
      Nas Lojas Simbólicas, todos os Obreiros, ao fazerem uso da palavra em uma Sessão Maçônica, saúdam em primeiro lugar os presentes, para só então discorrerem sobre o assunto para o qual pediram a palavra.
     Em uma Sessão Econômica ou Ordinária, quando presentes apenas as Autoridades e Dignidades da Loja, não pairam quaisquer dúvidas, seguindo-se a seguinte ordem: Venerável Mestre, Irmãos 1º e 2º Vigilantes, Respeitáveis Mestres, Companheiros e Aprendizes.
     A dúvida sentida por muitos é a ordem mais adequada, a ser seguida nessa saudação por ocasião de uma Sessão Magna, quando presentes várias Dignidades, e Autoridades Maçônicas, inclusive, o Grão-Mestre da Obediência. Quais, dentre os presentes, deverão ser saudados em primeiro lugar?
     Como sabemos o Obreiro que queira fazer uso da palavra deverá solicitá-la nas Colunas aos Vigilantes e, no Oriente, ao Venerável Mestre, dando uma pancada no dorso da mão. A exceção fica por conta dos Vigilantes que a solicitam diretamente ao Venerável Mestre com um golpe de malhete. Somente depois de concedida a palavra – caso esteja no Ocidente, o mesmo deverá ficar em pé, compor o sinal do grau em que a Loja está trabalhando e, em seguida, saudar os presentes, respeitando o critério hierárquico de Cargos e Graus do simbolismo. Também aqui a exceção diz respeito aos Vigilantes, que falam sentados. No Oriente, embora todos os Obreiros tenham o direito de falarem sentados, esse costume está praticamente em desuso, sendo somente utilizado pelo Venerável Mestre, Orador e Secretário.
     Na Maçonaria Simbólica só existem três graus, de modo que a hierarquia de graus é facilmente verificada. Assim, durante a saudação os Mestres Maçons tem primazia sobre os Companheiros e estes sobre os Aprendizes.
     A dificuldade aparece em relação à hierarquia de Cargos.
     Segundo o Irm.: Pedro Juk, atual Secretário-Geral Adjunto de Orientação Ritualística do Grande Oriente do Brasil para o Rito Escocês Antigo e Aceito, em consulta formulada através do “Consultório Maçônico José Castellani”, da Revista “A Trolha”, os irmãos, ao fazerem uso da palavra em Loja, deverão proceder da seguinte forma: “Venerável Mestre, Irmão Primeiro Vigilante, Irmão Segundo Vigilante, demais Dignidades, meus irmãos...”. Ainda segundo o mesmo Irmão, uma outra forma é se dirigir diretamente às Luzes: “Luzes, demais Dignidades, meus Irmãos...”.
     Historicamente, o Venerável Mestre, o 1º Vigilante e o 2º Vigilante são os principais governantes de uma Loja Simbólica. Trata-se de um verdadeiro Landmarque a exigência do governo de uma Loja por um Venerável Mestre e dois Vigilantes, eis que é uma norma imemorial, além de espontânea e aceita universalmente. Tanto é assim que nenhuma Loja poderá ser considerada como tal caso um desses cargos não esteja sendo ocupado em uma Sessão. São eles os legítimos representantes do Grão-Mestre sob cuja jurisdição a Loja deva obediência.
     Tal é a importância das Luzes da Loja que o cargo de Venerável Mestre até recentemente só poderia ser ocupado por quem já tivesse desempenhado antes o cargo de Vigilante. É o que constatamos ao fazer a leitura das Constituições de Anderson, instrumento jurídico básico da moderna Maçonaria. Nela, no capítulo referente às Antigas Leis Fundamentais (Old Charges), no item IV, cujo título é “Dos Veneráveis, Vigilantes, Companheiros e Aprendizes”, pode-se ler:


          (...) Os Vigilantes têm que ser membros da Corporação e os Veneráveis devem ter desempenhado, antes, o cargo de Vigilante... (o grifo é nosso).


     Além disso, no sentido de poder legal, esses três Oficiais são as principais autoridades de uma Loja. Também são os responsáveis pela direção espiritual da mesma. Por isso devem ser cumprimentadas em primeiro lugar. Os Vigilantes, assim, não são meros substitutos do Venerável Mestre. Como Dignidades, tal como o Venerável Mestre devem fazer uso dos Punhos, pois estes, ao contrário do que muitas pensam, não são símbolos do poder, mas representação da distinção do cargo que ocupam.
     O mesmo não ocorre em relação às demais Dignidades e Autoridades Maçônicas eventualmente presentes em uma Sessão Maçônica, posto que estas têm somente atribuições de ordem material em uma Loja ou no chamado simbolismo. A exceção ocorre quando está presente o Grão-Mestre ou seu Adjunto, pois estes Oficiais são as Grandes Dignidades da Obediência. Nesse caso, o Grão-Mestre deverá ser saudado primeiro, para, só depois, serem saudadas as Luzes e demais Autoridades e Dignidades.
     O termo “Dignidades” em Maçonaria Simbólica significa os detentores dos principais cargos do chamado simbolismo. Assim, quando dizemos “demais Dignidades” estamos nos dirigindo a todos os irmãos que ocupam os principais cargos do simbolismo, tanto numa Loja como nos chamados Altos Corpos. Trata-se de uma saudação geral, sem que haja necessidade de especificar esta ou aquela Dignidade presente.
     Caso o Obreiro queira distinguir as Dignidades presentes, deverá então observar o seguinte: entre as Dignidades devem ser distinguidas aquelas que, além de Dignidades, são também Autoridades Maçônicas. Historicamente, Dignidades de uma Loja Simbólica, são, também, além das Luzes, o Orador e o Secretário, embora algumas Obediências tenham acrescentado o Tesoureiro e o Chanceler.
     As Autoridades Maçônicas devem ser saudadas antes das outras Dignidades. Não devemos esquecer que as Luzes, além de Dignidades, são também Autoridades Maçônicas. Autoridades Maçônicas são, além do Grão-Mestre e seu Adjunto, as Luzes da Loja, os Presidentes dos Tribunais, os Presidentes das Assembléias Legislativas Federal, Estaduais e do Distrito Federal, Todos esses irmãos que ocupam esses Cargos, além de Dignidades, são também Autoridade Maçônicas. Os demais ocupantes de outros cargos nos chamados Corpos Simbólicos ou Altos Corpos do Simbolismo, como Conselheiros do Executivo, Juízes, Deputados, Secretários, são Dignidades, mas não são Autoridades Maçônicas.
     É importante observar ainda que Mestre Instalado não é cargo, nem Grau, mas a condição adquirida por um Mestre Maçom eleito para o cargo de Venerável Mestre e devidamente empossado, considerando-se que instalação é sinônimo de posse. Os Mestres Instalados são também Autoridades Maçônicas, uma vez que do ponto de vista legal somente eles podem sagrar os novos Aprendizes, Companheiros e Mestres, além de também só eles poderem fazer uso da Espada Flamejante.
      O procedimento mais adequado, assim, respeitando-se o critério de Cargos e Graus do simbolismo, seria o seguinte: Soberano Grão-Mestre , Venerável Mestre, Irmãos Primeiro e Segundo Vigilantes, demais Autoridades e Dignidades (saudação geral), meus demais irmãos.
     Vale lembrar que não vai aqui, sob qualquer aspecto, a pretensão de colocar um ponto final no assunto, cabendo, isto sim, às Secretarias e Grandes Secretarias de Orientação Ritualística das Obediências a orientação adequada a ser seguida nas hipóteses mencionadas.
     Irm. Robson Rodrigues da Silva


     O que seria EÇA no Ritual de Pompas Fúnebres?




Prezado I.'. Robson :


Gostaria de adquirir seu livro sobre Pompas Fúnebres.


Adicionado a este tema , antecedendo a uma reunião, um irmão veterano que se especializou em Pompas Funebres - Jaime Pinto - me trouxe um pequeno livro - xerox - denominado de : RITUAL DE POMPAS FUNEBRES , com parte 1ª , 2ª e 3 Foi aprovado em 22.09.68 e compilado pelo Irm.'. João Pires da Costa Ribeiro, da Grande Loja . A questão reside na 1ª parte preliminar câmara ardente em que segue :
   Se for na Loja, procede-se da seguinte forma:
      a ) A câmara ardente será preparada , colocando-se a Eça entre o Altar dos Juramentos ( que fica em seu lugar ) e as colunas B e J ;
   Logo, a pergunta: O que seria a Eça ? Procuramos no dicionário , e nada . Fizemos pesquisas e nada . Pesquisei em dicionários maçônicos e outros e a conclusão forma duas diversas : uma seria a palavra Herma escrita de maneira errada a outra seria o sustentáculo do caixão ....
    No aguardo .
      T.'.F.'. A
Ricardo Caselli Moni . M.'.M.'., Oriente de Macaé, R.J., da Loja Lacerda Agostinho Nº 3769 - 2º Vig . - Rito Adonhiramita


RESPOSTA:
Caro Irm.: Ricardo Moni:
    Agradeço o interesse demonstrado pela aquisição do meu livro "Pompas Fúnebres e outros estudos maçônicos".
    Quanto à pergunta formulada, trata-se de Essa e não Eça, possivelmente escrita de forma errada no referido Ritual. Essa é o mesmo que Catafalco. É o estrado erguido para nele ser colocado o ataúde com o cadáver. Mesmo quando a Cerimônia é realizada sem o corpo presente, monta-se a Essa, colocando-se o ataúde vazio sobre o mesmo.
     É importante ter em conta que cada Rito tem suas peculiaridades e muitos deles dispõem de Rituais específicos (oficiais) para as Cerimônias de Pompas Fúnebres, bem como outras homenagens que podem ser prestadas ao Irmão extinto. Assim, não é recomendável que uma Loja que trabalhe em determinado Rito realize um Ritual de outro ou, ainda, que Lojas federadas ao Grande Oriente do Brasil utilizem de Rituais de outras Obediências. No caso dos Ritos Escocês Antigo e Aceito e Adonhiramita o Grande Oriente do Brasil, através do Decreto 0363, de 14 de dezembro de 2000, editou os Rituais de Pompas Fúnebres.
    Um forte e fraternal abraço.
       Irm. Robson Rodrigues da Silva

                 Dificuldades para compor a Loja.



O Irmão Rivadávia Zimerman Borges, Venerável Mestre da A.R.L.S. Três Malhetes, do Oriente de Magé, RJ, fez a seguinte pergunta:


PERGUNTA: A Loja está forte de Aprendizes e Companheiros, mas fraca de Mestres.


Na terça-feira (06/09/11), tivemos muitos Mestres que faltaram e montei a Loja da seguinte forma: Venerável, Orador (um Mestre), Secretário ( um Mestre), 1º Diácono ( um Mestre), 1º Vig. um Mestre, M.: de Cer.: um Mestre e Hosp.:, um Mestre. (no total dos 7 Mestres presentes).
OBS.: Montei assim os 7 Mestres motivado pela circulação em Loja e mormente no Oriente e coloquei 2ºVig.:, Chanc.:, Tesou.:, 2º diác.:, Cob. Int.: com Companheiros.
Eu sei que um Mestre pode fazer mais de um cargo, mas a cadeira fica fazia, e como tínhamos irmãos Aprendizes e Companheiros com sobra (s), fiz assim. Pergunto: ritualisticamente errei?


RESPOSTA:


Meu ilustre Venerável Mestre:


     É absolutamente incorreto suprir o cargo de Vigilante da Loja, com um Companheiro. Aí não é nem uma questão de ordem ritualística, mas administrativa. No caso, como havia insuficiência de Mestres, o caro Irmão preferiu colocar o Companheiro para exercer o cargo de 2 º Vigilante e um Mestre para ser o Hospitaleiro. Isso, além de incorreto, representa um desprestígio para o Mestre e o Orador não deveria ter aceito tal medida.
     Os Vigilantes, junto com o Venerável Mestre, além de dignidades e autoridades maçônicas, são as luzes da sabedoria da Loja e detêm o poder administrativo e espiritual da mesma. Como um Companheiro pode ocupar a segunda Vigilância e espargir alguma Luz se ele, sequer, percorreu o caminho completo que leva à Luz? A Luz a que me refiro é a Luz Maçônica do esclarecimento, da verdade, da sabedoria. Por ter assento na Coluna do Sul é que, simbolicamente, o Companheiro tem pouca Luz, um pouco mais apenas que o Aprendiz.
     Nos casos em que uma Loja esteja com dificuldades para compor os cargos necessários, os principais deles devem ser preenchidos primeiro por Mestres da Loja, depois por Mestres visitantes, e, finalmente, os cargos menores, por Aprendizes e Companheiros.
     Deve ser observado também que, em hipótese alguma, os Aprendizes devem ocupar cargos fora da sua Coluna.
     No caso que você colocou, a melhor solução seria deixar o cargo de Hospitaleiro ser acumulado pelo Mestre de Cerimônias. E um Mestre ocupar o cargo de 2º Vigilante.
     Também é importante observar que, caso a Loja tenha dificuldades para ser composta, os cargos de Tesoureiro e Chanceler podem ter o preenchimento dispensado.
     Em último caso, pode-se, excepcionalmente, abrir e fechar a Loja com um só golpe de malhete e tratar os assuntos administrativos, dispensando-se as formalidades ritualísticas, tudo com a aquiescência do Irmão Orador e devidamente lavrado em Ata.

O NOME HISTÓRICO NO RITO ADONHIRAMITA




   O ilustre Irm. Nilo do Vale, da A.R.L.S. Octaviano Bastos nº 1584, do Oriente do Rio de Janeiro pergunta quem escolhe o nome histórico no Rito Adonhiramita e quem foi Guatimozin, nome pelo qual D. Pedro I foi batizado na Maçonaria?
1ª RESPOSTA: O Rito Adonhiramita tem uma tradição antiga, pela qual todo iniciado, filiado ou regularizado em uma Loja do Rito recebe um nome simbólico, histórico ou heróico, relativo a um grande vulto da humanidade. O nome escolhido tem uma vinculação sob o aspecto profissional, cultural, social com o iniciando, filiando ou regularizando. Assim, um iniciando cuja religião é espírita poderá receber o nome de Alan Kardec; outro, cuja religião seja evangélica, poderá receber o nome de Martin Luther King; alguém, ligado às letras, poderá receber o nome de Machado de Assis e assim sucessivamente.
   É importante observar que, por ocasião da cerimônia de iniciação, é dito ao iniciando: "...e, para que de profano nem o vosso nome vos reste, eu vos batizo com o nome histórico de...". Esse nome servirá para igualar a todos, uma vez que o que deverá sobressair em Loja não é o nome que o iniciando tem na sociedade, mas sim o nome de um vulto histórico, que se juntará a tantos outros já existentes, reconhecidos e de igual importância. Em segundo lugar, trata-se de um nome que deverá servir de exemplo para que o iniciado maçom possa espelhar sua vida e sua conduta doravante.
   Quem escolhe e dá o nome histórico ao iniciando é a própria Loja, uma vez que geralmente o candidato à iniciação desconhece essa tradição e tem dificuldades para escolher o nome pelo qual será batizado. Mas nada impede que ele mesmo escolha, comunicando à Loja o nome pelo qual deseja ser chamado a partir da sua iniciação.


2ª RESPOSTA: D. Pedro I foi iniciado na Loja Comércio e Artes nº 001, no dia 02 de agosto de 1822, Loja esta que trabalhava no Rito Adonhiramita e fazia parte do então Grande Oriente Brasílico, tendo adotado o nome histórico de Guatimozin.
   Guatimozin foi o último imperador do império asteca, que ofereceu resistência e a própria vida em defesa do seu povo contra os invasores espanhóis, liderado por Cortes. Foi torturado sobre uma cama em brasas e depois enforcado em 26 de fevereiro de 1522.
     Irm. Robson Rodrigues da Silva

  O dia para a Cerimônia de Pompas Fúnebres



O Irm. Pedro Fontes, da Loja Adonai nº 58, do Oriente de Bagé – RS faz a seguinte pergunta:


Olá Ir.: Robson,


Estou interessado em sua obra "Pompas Fúnebres". Gentileza informar-me a forma de adquiri-lo. Meu interesse pelo livro é saber a resposta do porquê da cerimônia fúnebre na Maçonaria dar-se ao 33º dia da passagem para o Oriente Eterno. Ele tem a resposta?


RESPOSTA:


Boa pergunta, meu Irmão Pedro.


A Cerimônia de Pompas Fúnebres não precisa ser realizada especificamente no 33º dia da passagem do falecido para o Oriente Eterno. Nos Ritos Escocês Antigo e Aceito e Adonhiramita ela pode ser realizada no 7º, 30º ou no 33º dia ou no aniversário da morte do maçom ou em outro dia determinado no ano. Não existe nenhuma razão mística ou esotérica para isso. Os Ritos Schröder e Brasileiro realizam uma cerimônia anual para homenagear todos os Irmãos falecidos no ano. Nada impede, no entanto, que a Loja realize, em determinado dia, uma cerimônia específica para homenagear um ou mais Irmãos extintos.


Um grande abraço.
Robson Rodrigues da Silva

                     O LUTO MAÇÔNICO
 O Irmão Rivadávia Zimerman Borges faz a seguinte pergunta:   
    Robson, valendo-me do que você falou ontem, “as perguntas são oportunas”.  Então por favor, me oriente.  No nosso RGF às fls.46, no Art.222,  Diz...  do luto maçônico e da suspensão dos trabalhos.          Entendi como duas coisas distintas, assim, por favor, me esclareça em que consiste uma e outra.         Particularmente recorro a vc. para ter um respaldo e uma avaliação maior e otimamente bem abalizada que é a sua.
RESPOSTA:

   Estimado Irm. Rivadávia:


   Luto Maçônico e suspensão dos trabalhos são, em tese, coisas distintas, mas ao mesmo tempo se interpenetram. O luto maçônico é o sentimento de pesar, de tristeza pelo passamento para o Oriente Eterno de determinadas Autoridades da Ordem ou da Loja e varia de Obediência para Obediência. A suspensão dos trabalhos é uma observância do luto, uma distinção feita ao Irm. que passou para o Oriente Eterno e o cumprimento de uma disposição legal.
   O Regulamento Geral da Federação do Grande Oriente do Brasil, em seu artigo 222, estabelece os casos em que há o luto maçônico e a suspensão dos trabalhos, para Autoridades Maçônicas ( do Grão-Mestre Geral ao Venerável Mestre).
   Tendo o Venerável Mestre passado para o Oriente Eterno o luto é de três dias e suspensão dos trabalhos no dia do sepultamento, doação ou incineração dos restos mortais, até o término da cerimônia. O luto é contato a partir do dia do falecimento. Caso a morte tenha ocorrido em um dia em que a Loja funcione, evidentemente os trabalhos estarão suspensos nesse dia. Caso o sepultamento, a doação ou a incineração dos restos mortais ocorra no dia em que a Loja funcione, os trabalhos estarão suspensos nesse dia. A Loja só funcionará no dia do sepultamento, para realizar Sessão de Pompas Fúnebres ou a chamada Loja de Funeral.
   Em sendo o caso de um obreiro da Loja, Dignidade ou não, o luto deverá ser decretado pelo Venerável Mestre, do dia da morte ao dia do sepultamento. Evidentemente que o luto não poderá ultrapassar o número de dias estabelecido para o caso de morte de Venerável Mestre. É de bom alvitre que o Venerável Mestre suspenda os trabalhos da Loja, caso a mesma funcione no dia em que o obreiro passou para o Oriente Eterno. Caso a Loja funcione no dia do sepultamento, da incineração ou disposição dos restos mortais, também é de bom alvitre que os trabalhos sejam suspensos.
   É bom observar que no âmbito do Grande Oriente do Brasil não há disposição legal para decretação de luto maçônico nos casos de falecimento de Obreiro do quadro de uma Loja, a não ser quando ele é Venerável Mestre.
   Em tempo:  nos casos de falecimento de Obreiros do seu Quadro, a Loja poderá dispor quanto ao luto maçônico e a suspensão dos seus trabalhos no Regimento Interno, mas observando e sem contrariar o que já está disposto no Regulamento Geral da Federação.
    Um abraço fraterno
     Robson Rodrigues da Silva