Bem-Vindos ao "BLOG DA SABEDORIA TRIUNFANTE. Aqui iremos postar artigos, reflexões, matérias relacionadas às Lojas de Estudos, livros maçônicos, assuntos diversos e trabalhos. Fiquem à vontade e bons estudos!

robson.rsilva2010@ig.com.br

Pesquisar este blog

PALAVRA A BEM DA ORDEM OU DO QUADRO

     O USO DAS VELAS

    Estimado Irm. Rivadávia:


As velas têm sido usadas em rituais religiosos, místicos e maçônicos, mas com significados simbólicos diferentes para cada caso.

É bom lembrar que na antiguidade e na Idade Média não existia luz elétrica. Assim, a iluminação era feita com tochas e, posteriormente, com velas. No passado, os templos maçônicos eram iluminados com tocheiros e, posteriormente, com velas.

Com o advento da iluminação elétrica, as lâmpadas passaram a substituir as velas, inclusive, na Maçonaria.

Na Igreja Católica e em algumas ordens místicas as velas e a luz que delas irradia têm um significado simbólico e espiritual. No entanto, na Maçonaria esse simbolismo é bem pequeno. O uso de velas serve mais para lembrar a época em que elas eram utilizadas nos Templos Maçônicos há mais de trezentos anos. Por isso, nossos Rituais permitem que a Loja opte pela utilização de velas ou luz elétrica.

Quanto à luz -- que tanto as velas como a luz elétrica irradia -- simboliza o esclarecimento, a iluminação, a verdade, e nada mais. Em Maçonaria, portanto, a luz e as velas não devem ser vistas com nenhum significado místico, religioso ou espiritual.

Infelizmente, no Brasil alguns irmãos desinformados acabam espiritualizando ou mistificando demais a Maçonaria de acordo com seu gosto religioso, místico ou esotérico, e outros, mais desinformados ainda, acabam achando bonito e aceitam tudo sem qualquer questionamento.

Irm. Robson Rodrigues da Silva


    Ordem do Dia

A Ordem do Dia é o período destinado exclusivamente a assuntos de interesse do Quadro e da Ordem que dependam de discussão e votação pela assembléia da Loja. A pauta da Ordem do Dia deve ser previamente organizada pelo Venerável Mestre junto com o Secretário, dando-se ciência antecipada a todos os Obreiros do Quadro, seja afixando-se no Quadro de Aviso, por e-mail ou mesmo no Site da Loja, caso esta disponha de um com uma Área Restrita aos seus membros. Isto evitará que a Loja delibere sobre alguma questão sem o conhecimento de Irmãos interessados, causando descontentamento e desarmonia na mesma, além de evitar o elemento surpresa.

Cada um dos assuntos colocados em discussão e votação igualmente já deverá ter passado pelo prévio exame da Comissão competente. Por motivo de urgência e ouvido o Orador outros assuntos poderão ser incluídos na pauta da Ordem do Dia, mas como exceção e não como regra. Essas cautelas são fundamentais para que uma Ordem do Dia não acabe se transformando em “Desordem do Dia”.

O Venerável Mestre em nenhuma hipótese deve apresentar em Loja alguma proposta sua para discussão e votação na Ordem do Dia, pois ele é o dirigente máximo da Loja e isto, por si só, já influenciaria na votação, além do que a maioria dos Obreiros não se sentiria à vontade para se manifestar contrária à mesma. Da mesma forma ele não deve deixar transparecer sua preferência ou emitir sua opinião pessoal sobre qualquer proposta apresentada. O mesmo deve ser dito em relação ao Orador, pois este como Guarda da Lei deve permanecer absolutamente neutro e dar seu parecer tão somente sob o ponto de vista legal.

Quando a Sessão Ordinária é destinada a tratar exclusivamente de assuntos administrativos, da economia doméstica da Loja, ela pode e deve ser realizada fora do Templo, quando então serão abolidas todas e quaisquer formalidades, por não ser uma Sessão ritualística. Sem as formalidades próprias de uma Sessão ritualística ganha-se muito em agilidade, sobrando tempo para a discussão e votação de assuntos de natureza meramente administrativos. Com isso, o Templo fica reservado apenas para as Sessões ritualísticas, priorizando-se as instruções de cada grau e os demais estudos.

CARTA DE LONDRINA




Ao finalizar duas Sessões de Pesquisas e Estudos realizadas pela Loja de Pesquisas Maçônicas “Brasil” de Londrina, ocorridas respectivamente nos dias 14.3.02 e continuadas no dia 11.4.02, dada a importância dos debates sobre o tema CARIDADE MAÇÔNICA proferido pelo Irmão Francisco de Assis Carvalho (Xico Trolha), solicitaram os presentes que fosse redigida uma Carta de Intenções tendo os presentes solicitado que a mesma fosse publicada nas revistas e periódicos maçônicos de todo o País, onde fossem referidos os pontos básicos destas duas palestras alertando Maçons e especialmente os Veneráveis e Hospitaleiros sobre o uso correto do Tronco de Beneficência, bem como o teor da palestra que foi específica em esclarecer o que vem a ser a Caridade Maçônica enfocada pelo ilustre palestrante. Em resumo, após a palestra e debates, os Irmãos presentes chegaram a algumas conclusões:


1) A Maçonaria atual está em muitos aspectos afastada dos seus valores antigos e tradicionais e, em especial em certos Usos e Costumes, os quais foram paulatinamente sendo através dos anos, totalmente distorcidos.


2) Sabe-se que a Maçonaria desde que apareceu, conseguiu sobreviver, no mundo, sempre em condições adversas, sofrendo perseguições e que seus primeiros componentes se protegiam como irmãos quer física, quer financeiramente. Qualquer membro da confraria era defendido em todos os sentidos e em caso de sua morte a família, viúva e filhos eram assistidos financeiramente nos mesmos moldes das confrarias de pedreIros, das guildas e outras entidades afins. Em algumas destas organizações havia até auxílio funeral além de outros atendimentos.


3) A Maçonaria não auxiliava Profanos de forma alguma, somente os Maçons, seus verdadeiros confrades, seus Irmãos e suas famílias, através de caixas ou fundos arrecadados especialmente para este fim.


4) No início do século XX a Maçonaria brasileira, alguns anos após a Proclamação da República, já sem outras metas maiores naquele momento, começou a competir com a Igreja Católica, Espírita e posteriormente com as Igrejas Evangélicas em matéria de caridade a Profanos.


5) A maioria das Lojas, atualmente cerca de 95%, desenvolve uma forma amadorística de filantropia, onerando seus Obreiros pagantes, e eliminando através das famosas Sessões de finanças aqueles que estão em atraso, a maioria das vezes por dificuldades ocasionais. Temos perdido muitos Irmãos nestas circunstâncias. Se a Loja tivesse um Fundo de Reserva, estes Irmãos poderiam ser socorridos.


6) É uma situação até certo ponto cultural, um erro de avaliação, pois acabamos no afã de ajudar o próximo esquecendo de nós próprios.


7) É nossa intenção levantar este problema para que a Maçonaria Brasileira reflita, e que quem queira ser filantropo, ou que queira ajudar Profanos, que o faça em seu nome. Deixe sua Loja de lado. Não faça caridade envolvendo a Loja, ou Irmãos. A Loja é mais uma Escola onde se aprende entre as grandes lições de Vida que ela nos ensina, algumas delas são justamente a caridade, a fraternidade o amor e o auto-aprimoramento. Mas como nossos recursos são poucos e a maioria dos Maçons brasileiros é de classe média baixa, não podemos fugir às nossas tradições de autoproteção. Temos que investir nisso. Temos que acordar e fazer como faziam os primeiros Maçons. Não são as mútuas que salvam situações. Toda Loja deve ter um Fundo de Auxílio. Às vezes a Família de um Irmão falecido necessita estudar um Sobrinho e não tem condições.
Ficará o jovem à sua própria sorte. O Tronco de Beneficência não poderá jamais ser usado para reforma de Templos, ou para orfanatos, ou creches profanas. É uma tradição que não está sendo respeitada.


Estamos tentando este tipo de apelo para sensibilizar Irmãos e Lojas e até Potências para que reflitam sobre as exposições aqui feitas, no intuito de nos tornar fortes criando Fundos, com estatutos bem definidos, organizados de forma bastante transparente com assistência jurídica bem orientada, registrados em Cartório etc., para que possamos atender a famílias enlutadas de muitos Irmãos, com dignidade, amor e fraternidade que elas merecem... 


  Irm.: Hercule Spoladore